sexta-feira, 26 de novembro de 2010

para o "finestrino".

Fiz um post com algumas informações turísticas sobre Siem Riep, no Cambodia para o blog das minhas amigas, o finestrino

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

how life goes full circle...

After my traineeship in Denmark finished I decided to my farewell travelling for the last time in Europe. For only 6 days, I went to Germany. I left Copenhagen in direction to Hamburg and then Berlin. In Berlin I met Sarah and Bruno, trainees of the same project that I was involved in Denmark. At 26th afternoon I flew to London, to finalize this journey. I should pack, for the last time, cuz on 30th I should go back home. Buying the last souvenirs that I didn’t have time to buy on this last months, I left from Heathrow Airport, with two luggages. And what was in my mind when the plane start taking off, was heavier than 48 kg of baggage weight. Listening Jason Mars, I started to cry… “Life is wonderful” and how life goes full circle, I was completing one of my circles. (And this is a quote that I heard before in other occasion!) 

Benjamin Button movie has a good quote for this moment “It's a funny thing about coming' home. Looks the same, smells the same, feels the same. You'll realize what's changed is you.” and it seems like a dream. I just woke up! It is not about places that I have been and people that I have met, it is about how I feel about all. Memories are fresher than before and I have all feelings together in only one place, where I have to stop now. I feel like I lived in parallel universe. And if it takes those tears to make it rust, it should be necessary to start a new circle. Or I hope so.

And if I got the advice that coming home is a way to realize the advantages of home and keeping happy with the gained experiences (Words that are in my mind since I got home!) I should grab it and for now, I could say thank you so much for be part of my life experience. 

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

pra mostrar que vale a pena... ou porque fazer um intercambio?

Escrevi esse post para o blog da AIESEC Curitiba para contar sobre meu intercambio, sobre o porque de fazer um intercambio, quando por medo ou por dúvida nao se tem a certeza se vale a pena. Minha resposta: VALE A PENA! O texto talvez ajude a explicar.

Escrever sobre minha experiência nem sempre foi fácil. Diferentes sentimentos, mas me faltam palavras, muitas vezes.. E estou pensando desde algum tempo por onde eu deveria começar a contar... E eu nao consigo começar! Deveria contar sobre os países que estive, os lugares que estive, as pessoas que conheci.

As pessoas que conheci deveriam ser listadas uma a uma. Com longas descrições de como elas foram importantes. Cada uma, em especial. Uma experiência rica em pessoas com certeza, essa é a minha experiência.

Descrever a vida social e a imensa e enriquecedora possibilidade de fazer amigos pelo mundo todo. Vestir saree em um casamento muçulmano em Bangladesh e as ter mais atenção que a noiva ou ir a uma festa num clube Alemão com amigos colombianos. Cruzar a imigração na Inglaterra afirmando, que “sim”, eu tenho amigos que moram em Londres e em Singapura.

Mas eu não poderia deixar de contar sobre os lugares que visitei, sobre aquilo que eu vi. Sobre TUDO aquilo que eu vi.  Eu atualmente estou na Dinamarca, realizando meu segundo intercâmbio pela AIESEC e desde que sai do Brasil em dezembro do ano passado para meu intercâmbio em Bangladesh e eu ja estive em outros 10 países. Os lugares que estive teriam longas descrições, especialmente sobre cores. E com certeza, o azul do céu seria um capítulo especial. Tenha certeza que o céu da Tailandia é diferente do céu na Espanha.

Mais importante ainda seria poder falar sobre todas as diferencas culturais, suaves ou chocantes. Comer com as mãos na Índia depois de um tempo te faz pensar “pra que garfos mesmo?” depois de o apimentado asiático já nao se torna impossível e como comer feijoada em Portugal te faz sentir no Brasil.

Posso contar as vezes que disse tchau e chorei antes de partir ou que chorei ao ver alguém partir. Dizer tchau não é facil. Mas ainda acredito que seria melhor em contar como é bom reencontrar e manter contato. “See you soon” é sempre a melhor resposta para qualquer despedida. É a que encoraja a seguir em frente, cruzando com outras pessoas e mantendo esse ciclo viciante que é conhecer pessoas.

Descrever todas as dificuldades. E contar todas as vezes que eu quis voltar. Que eu apenas queria voltar. Que eu não aguentava mais. Que eu queria chorar e queria minha mãe. Porque às vezes não é facil... Porque eu acredito, que não existe lugar perfeito, todo lugar tem suas coisas boas e ruins. Existem dias melhores que outros. Existem noites mal-dormidas porque a saudades aperta. Mas é sempre como você faz a sua própria experiência e como superar.

10 meses não se resumem em uma lista de 10 melhores ou piores momentos. Foi difícil, da mesma maneira que foi incrível. A experiência vale a pena exatamente por isso. Quando te faltam palavras para contar e 4.635 fotos pra mostrar em cores, eu preciso repetir que são muitas cores.

sábado, 2 de outubro de 2010

Suspiro! Breath!

FATO, em menos de 1 mes eu vou voar de volta para o Brasil, minha passagem de volta esta marcada para o dia 30 de outubro para aterrisar no Brasil no dia 31 de outubro. Para este último mês, eu devo finalizar meu estagio na Dinamarca e viajar um pouquinho mais e aproveitar meus últimos dias como viajante.
OKAY, voce poderia dizer, voce ainda tem muito tempo, voce ainda tem um mes... mas para mim 1 mes é apenas um suspiro. Fazem 10 meses que eu suspirei profundamente pela primeira vez no Aeroporto de Curitiba... e eu já estou voltando.
YEAH, eu acho que estou sofrendo um Choque Cultural Reverso antes de chegar no Brasil. Me faz perder a respiração...

FACT, in less than 1 month I will fly back to Brazil, my ticket is booked to leave London at 30th of October to land Brazil at 31st of October. For this last month, I will finish my experience in Denmark, then probably I will only travel a little bit more, to enjoy my really last days as a traveler.  
OKAY, you could say, you have a long time, you still have one month… but for me 1 month is breathing. It was 10 months ago when I took my first long deep at Curitiba Airport… and I am already going back.
YEAH, I think I am suffering a Reverse Culture Shock, before I get Brazil… It makes me lose a breath...

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

danish sweet!

danish sweet: looks like a "brigadeiro", but definitely doesnt taste as "brigadeiro". (parece brigadeiro, mas nao é!)

sábado, 25 de setembro de 2010

meanwhile, in Ranum...

Ranum is a really small city in Denmark, it is so small that even facebook doesn’t know where is when I tried place my current city. Ranum has basically 3 streets with 1 market, 2 bars, and 1 flower shop. There is also a clothes shop, but it is always close when I pass by there. And there is also a board indicating a pizzeria, but I never saw. Of course, there is a church too, how every town in the countryside. Ranum is that kind of place where life goes slow and calm… Ranum is this kind of place that when you are new in the city, everyone knows that you are new and when you visit the markey, the girl in the cash desk knows that you are “Rafaela, from Brazil” and invited you to do something some day.

Just turn left, there is the market.

Only in Ranum, I was on my way back home after my daily visit to the market to check the offers, when really old lady standing in front of her house call me with hands signs. I could not explain to her that my only words in Danish is “skål” and “tak” and that I really don’t have idea what she is asking me to do… So, l desperate left my stuffs in her house, and run back to the market and asked some students that were in the market, to go there and check for me, what was happening! Fortunately, she only could not dial someone, and she asked for help her to dial the number…

The Danish Efterskole is a residential school, where students from ages of 14 to 18 can choose to spend one, two or three years to finish their primary education. Compared to public schools the Efterskole has a substantial freedom, also has something to offer both educationally and socially, because the students live together. The teachers are responsible for teaching and supervision outside of schools hours, this means that students and teachers are together all day and this often opens up for a close, personal and non-formal relationship between students and teachers.

Ranum Efterskole.

Ranum Efterskole has normal subjects, like Math, Danish and English. But also students can choose among dance, music, fashion design, media, singing, diving lessons… The students have a schedule to follow, they have a time to wake up and to go bed, they have to clean the room, they help in the kitchen and sometimes they clean the school. They have a good time here! As same as in Ranum, Ranum Efterskole goes slowly. There is not too much pressing by teachers and the students can do whatever they feel to do. I should encourage them to talk about Human Rights and Racism and they are nice in my lessons. I really wanted that they could participate more, but I feel happy when they participated a little. Also, I am trying follow “Media Class”. My first participation was to try show them, that
 More important than know how work in a specific software is know how be creative. After, the class did a brainstorming exercise and I give them so ideas to develop an advertisement for the “Ranum Open Day” that will be this Sunday. On Sunday, Efterskole in Denmark will be open for people that want to know more about this Danish school model. 


The left roof-window is my room!

I will be here in Ranum for 2 weeks more…While that, I am working in my stuffs, reading, watching movies, wasting time at internet, taking pictures, trying be a good teacher… ow, and I almost forgot to say, I have my own room! After 9 months, I have my little space! And I really like this… :)

Finally my British bear and my Bengali bee have a bed.

And if I feel bored, I can go to the church and watch the sunset.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

It is a long time since my last post.

It is a long time since my last post. I know. Believe me, I am blaming myself cuz this neglects and I was also thinking for a good subject for this “new start” post. Well, it is a re-start. After 6 months in Bangladesh, when I left and start my holidays, I travelled for a while till finally stop in Ranum.

Ranum is a small city in west of Denmark. I decided take a new AIESEC opportunity and I will work in Efterskole, a concept of Danish boarding school. I am in a program with nine others trainees, from different countries, to promote discussions about Human Rights, Racism and Cultural integration. Denmark today has a lot of refugees coming from many places around the world and it should be a good challenge for this new generation to accept “share” Denmark. Also, for me, I really like this subject. After almost 9 months travelling I think I saw and felt a lot that I feel confident to share my experience. Also, there is a possibility to work with the students in Media Classes, where the students have an overview about communication and if I could work in this field, it will be great. I just arrive here and I am still lost braving trying to adapt. How this is my second internship, I know that I will feel better soon, when the students start to feel comfortable with me and especially when I start to feel comfortable with them.

I must confess how weird is stop in a place and have my own room since long time ago. After almost 3 months travelling, living inside my bag, I will stop here for 1 month. In somehow, I feel peaceful here, cuz Ranum is a really (REALLY) small city between nowhere in the map, where the life goes slow. On the other hand, I can wait to go for the next school to pack and move again. I still don’t know how enjoy my free time and I am worry with this. I will have to figure out how I should do it pretty soon!

By the way, this last 3 months were amazing! Even it was being really exhausted I am really happy with the places that I visited. Thailand, Cambodia, Malaysia and Singapore in Asia also London, Portugal, Spain and a little of Germany where I got a train to got Denmark. Travel is an amazing discovery opportunity in a life! I always thought that the world is too big that I couldn’t live in my hometown for my all life…. And I know now that I am right. Of course, I had difficulties times when my only thought was to go back home with my mattress and my pillow. But I could feel some many new sensations and I could see so many incredible views! I met so many people, some of them were only for a short chatting and some others, I know that I have friends around the world, people that I share a room and other people that I share my life! Good people crossed my way, I can tell you. However, this experience isn’t finish and I wish that amazing views and good people keeping crossing my way.


Trainees for Efterskole program in Copenhagen!

quarta-feira, 28 de julho de 2010

quase 1 mes depois... A Thailandia!

Enquanto uns nascem para viver em Lonely Planet, a Thailandia me ensinou que eu nao nasci para backpacker. Para comecar, alguns dias na capital, depois uma van e algumas horas de estrada e de barco para chegar Ko Samet, ilha perto de Pataya. Dias relaxantes na praia, pra voltar pra Bangkok e partir para Chiang Mai. 12 horas de onibus para a Norte! Depois de andar de elefante, afundar numa canoa de bamboo e entrar numa cavernas com morcegos, deixamos o Norte da Thailandia, para voltar para Bangkok (a capital eh a base das viagens, como percebe-se.) e voltar para a praia! Foram mais algumas horas de onibus, uma espera pela van (no meio do alem) que nos levou ateh o pier para pegar um barco que 3 horas depois chegaria em Ko Tao! Mesmo a tentativa frustada de um curso de mergulho, (eu surtei na pscina e nao consegui nem comecar...) Ko Tao foi bom para descansar. Porque deixando Ko Tao, voltando para de novo, Bangkok, dessa vez a ultima parada era Siem Riep, no Cambodia. Horas numa van e depois de uma aventura “Como cruzar a fronteira sem pagar os 42 dolares que a agencia de turismo pede, quando o valor do visto eh apenas 20 dolares”, realizada com sucesso, apenas aproveitei o sucesso da empreitada por 3 dias. Uma febre alta me fez voltar para Bangkok e visitar o medico por aqui...  E acreditem, o hospital em Bangkok foi uma das experiencias mais amigaveis que tive nesse pais! O tratamento que recebi foi otimo, e meu seguro saude foi perfeito! O meu seguro saude me liga para saber como estou.( #ISIS# fica a dica, e o link nao eh patrocinado.)


A Thailandia eh um pais muito rico em cultura e paisagens maravilhosas... mas pelo menos para mim, precisa ainda aprender como tratar turista. Talvez seja porque eu sou do tipo “budget”, mas nao foi apenas uma vez que eu digo que eu fui muito mal tratata! Mesmo com um sorriso no rosto e um “please” adjacente naoforam suficientes para a troca de gentilizas. (Talvez, eu sinta falta da hospitalidade brasileira.) Eu gostei muito da Thailandia, e tive sim momentos bons, com pessoas solicitas e de bom coracao, mas me impressina a quantidade de vezes que lembro que o tratamento foi desnecessario mal. Eu gostei da Thailandia, eu gostei MUITO. Mas cansei de faz mala, desfaz mala, faz mala, desfaz mala. Mochila, eu quero te desfazer e sossegar!  Quem sabe, por uns 15 dias... ;)

quinta-feira, 8 de julho de 2010

15 segundos de fama!

E os meus 15 segundos sao num comercial pro Grameenphone em Bangladesh! Perceba a fluencia bengali...

http://www.youtube.com/watch?v=BYafzIcUo-s

sexta-feira, 25 de junho de 2010

bye-bye Bangladesh!

After almost 6 months living in Bangladesh, I left BD in 1 quickly week. When the visa issue was “solve” I had 7 days to leave the country. And I was happy! After 6 months in that country, I was tired. Bangladesh is definitely not an easy country to live and maybe till now, I am asking myself what I was looking there.  Absolutely, my Ogilvy’s experience was great! Had the opportunity to work in a company that has a “name” in Advertise was great and I hope with can give me more opportunities in the future! But, the full experience in BD was different. The work is an important part of AIESEC experience, but personal life is important. This is a way to balance life. So maybe, cuz that, I cried so much when I left Dhaka. I left especial people there. Even I was tired of poverty, poor quality of life, AIESEC problems and a big list of more problems… I left especial people where I was my home for the last 6 months!

I was happy when the immigration police allowed me to leave, I was crossing finger when he was handing my passport, but I was sad. I was sad to say bye. And even knowing that “we always can meet twice” people that we loved, that time was a good-bye. For my roommates I hope it was a shortly good-bye, cuz now, that I am at Kuala Lumpur waiting for a possible backpacker trip with my them. But for the others, I don’t know… I still not sure what I realized in BD for my life, but I am sure that I found especial people. I also hope, that especial people keep me in their hearts for a long time, I hope that especial people remember me not only cuz the BD environment make us friends, I hope they remember me for what I am or what I were for them. There is still some many things in my mind, in some way I miss BD. Probably, cuz I miss whom I left there.

In the other hand, I don’t know how I lived in BD for so long time! Kuala Lumpur is nice; it is definatly a “city”. I don’t need wear scarfs all time, and it is easy find “white people” on the street and there is no people standing to watch u! A big city with nice places to go! NICE food! AMAZING coffee! OW, how I missed that life style! Travel, be free, walk, have good moments…
After a scared first-moments here, now things are more calm. :]



I should say “Thanks BD!” to introduce me for many especial people and be glad for this. And be happy for this opportunity to travel. I hope, it will be a good good trip! :]

domingo, 13 de junho de 2010

A Copa do Mundo é Nossa!

A Copa do Mundo também acontece em Bangladesh! Eu ja tinha comentado que aqui existem muitos torcedores para Brasil e Argentina. As pessoas contabilizam que cerca de 45% da população torce pro Brasil, 45% para a Argentina, e o resto do mundo fica com os 10% de Bangladesh.

Para mostrar seu time preferido, o pessoal pendura a bandeira do time que mais agrada nas janelas e terraços das casas e apartamentos! São muitas bandeiras! As do Brasil e Argentina são as mais comuns, obviamente!

As regras para a bandeira são definidas pela legislacão brasileira! Tem por base um retângulo verde com proporções de 07:10, sobrepondo-se um losango amarelo e um círculo azul, no meio do qual está atravessada uma faixa branca com o lema nacional, "Ordem e Progresso", em letras verdes, além de vinte e sete estrelas brancas que representam os Estados.


A estrela situada acima da faixa branca, representa o estado do Pará, que na época da proclamação da República, era o estado mais importante para a região Norte do Brasil. As estrelas do Cruzeiro do Sul representam os cinco principais Estados de então: São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia e Espírito Santo. Existe uma palheta CMYK, RGB e Pantone para o verde, azul e amarelo.

Lei 8.421, de 11 de Maio de 1992.
Artigo 3: § 1.º - As constelações que figuram na Bandeira Nacional correspondem ao aspecto do céu, na cidade do Rio de Janeiro, às 20 horas, 30 minutos do dia 15 de novembro de 1889 (doze horas siderais) e devem ser consideradas como vistas por um observador situado fora da esfera celeste.

A REGRA É CLARA! Bom, definitivamente, não por aqui:
Por aqui, vale torcer pro Brasil e pra Argentina.
(?)
Vou atualizando o que encontrar mais pela ruas de Dhaka!

terça-feira, 1 de junho de 2010

Bloqueio ao Facebook em Bangladesh.

O facebook é a rede social mais frequentada em Bangladesh. Depois que vim para cá, percebi que nosso amor ao orkut nao é nada comparado ao Facebook-Love daqui. Bangladesh não estabelece relações sem facebook! Algum tempo atrás, nos anuncios dos grupos, achava que havia um exagero em comunidades contra a islã. Foi criado um evento chamdo “Fuck Islã” o qual eu fui inocentemente convidada a participar e não aceitei, além de outros reações contrárias ao islã. Alguns meses atrás, o Paquistão bloqueou o acesso ao site. 3 dias atrás, o governo de Bangladesh bloqueou também.

Segundo dados, Bangladesh é a segunda maior população muçulmana do mundo, com 119 milhões, perdendo apenas para a Indonésia, com 184 milhões. Assim como há cristãos de todo tipo no Brasil, há muçulmanos de todo tipo em Bangladesh. E existe extremismo em toda situação. Particularmente, muçulmanos são conhecidos como extremistas em países como Afeganistão, Paquistão, Egito, Ira, Libia.... Mas são “grupos” extremistas. Não são todos extremistas.

http://g1.globo.com/mundo/noticia/2010/05/bangladesh-bloqueia-facebook-por-paginas-que-seriam-ofensivas-ao-isla.html

Como diz a reportagem “A proibição chegou pouco depois que as autoridades detiveram ontem um indivíduo por colocar nesse espaço virtual imagens satíricas de alguns políticos, incluindo a primeira-ministra, Sheikh Hasina.” As imagens que estão na reportagem de passeatas em manisfestacão contra ao FB, eu não vi. Influencia do governo na midia? Talvez. Mas ainda não soube de nenhuma passeata a favor do FB também. O que eu percebi, é uma revolta-juvenil pelo bloqueio. Pensa bloquear o orkut no Brasil?

Vale lembrar que Islam, literalmente, significa "submissão a Deus" e a palavra Islam deriva do radical que significa "paz". Para mim o que vale é o amor e respeito pelo próximo. Lulu Santos canta e eu canto junto “consideramos justa toda forma de amor!” <3

Além disso, algumas vezes, quando converso com a Ayesha, minha colega na agencia, que é muçulmana, percebemos que o islã e o catolicismo, ambas bases no judaismo, tem muitas similaridades. A Ayesha cobre a cabeça com um véu e se veste com camisetas longas de mangas cumpridas. Mas ela faz isso por opção. Depois que conheci ela, mudei minha posição em relação a burca ou ao modo islã de se vestir. Não há como julgar que todas as mulheres são obrigadas a usar e elas querem essa tal liberdade. A liberdade tem diferentes pontos de vista. Bloquear o FB num país todo, por acusações contra ao islã e contra ao governo, não é um ato de demorcracia, o orkut tem inumeras comunidades contra os nossos governantes, mas quando religião e politica caminham juntas, não é algo tão absurdo de se esperar. É a lei do mais forte, mesmo que prejudique aqueles que não tem nada a ver com isso...


Por enquanto, o FB esta bloqueado no país, o governo de Bangladesh segue ditando as regras negando acesso ao site até que se encontre uma maneira de não permitir manifestações ofensivas contra o islã e contra o governo. Ainda acredito, que um povo que se orgulha tanto da luta pela independencia do país, vai encontrar uma maneira de se manisfestar, como fez anteriormente. E por enquanto, viva o orkut! \o/

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Dados de Bangladesh: um post com pretensão interativa.

Existem duas grafias para a cidade que é capital de Bangladesh: Dacca e Dhaka. A explicação é que Dacca é a pronuncia velha, é a maneira como o povo bengali chamava a capital. Depois da guerra pela independencia contra o Paquistão, Bangladesh obteve autonomia em 26 de março de 1971 e comecou a receber investimento de capital externo. Assim, a pronuncia dos estrangeiros se assimilou a Dhaka, e não mais Dacca, como no passado.

A população de Bangladesh é de 154.037.902 habitantes [2008].

A população de Brasil é de 191.480.630 habitantes [2008].

Se colocarmos toda a população do mundo numa área como dos Estados Unidos, o número de pessoas que ocupa o metro quadrado será menor com o que é ocupado atualmente em Bangladesh. Bangladesh tem a segunda maior densidade demográfica do mundo, perdendo apenas para Mõnaco.

52,5% da população de Bangladesh não é alfabetizada. No Brasil, existem 16.295 milhões de analfabetos, ou seja, +/- 8.5% da população.

88% da população de Bangladesh é muçulmana. No Brasil, menos de 1% da população é muçulmana.

80% do PIB de Bangladesh vem da produção de vestuário para o exterior. Existem mais de 4 mil fábricas de vestuários em Bangladesh que exportam para Europa, e hoje pessoas de mais de 100 países vestem roupas de Bangladesh, que agora domina uma grande porção do mercado Europeu. E o país espera exportar um valor de 18 bilhões de dólares em 2015.

A renda percapita de Bangladesh [é a soma dos salários de toda a população dividido pelo número de habitantes] é U$ 1.300, ou seja, a renda média por mês é de +/- U$108. O salário médio de um policial é U$165. Bangladesh é um dos 12 países mais corruptos do mundo, de uma lista que inclui Azerbaijão, Bolívia, Camarões, Indonésia, Quênia, Nigéria, Paquistão, Rússia, Tanzânia, Uganda e Ucrânia.

A reportagem do Fantástico sobre Dhaka [http://fantastico.globo.com/Jornalismo/FANT/0,,MUL1565618-15607-370,00.html], para a série “Megacidades”, mostrou na maioria, a “velha Dacca” e todos os problemas de uma favela. O Zeca Camargo esteve aqui em setembro do ano passado gravando, problemas a parte com o visto para a equipe de imprensa da Globo aquela região da cidade está a +/- 2 horas longe de onde eu moro. Tenho curiosidade de ir conhecer a cidade velha, pois muitos dizem que lá é que existe a verdadeira Dhaka, com prédios antigos e com as embarcações chegando e partindo a todo tempo! Dhaka não é apenas o que aparece na reportagem, mas é boa parte daquilo! Bangladesh é exótica, caótica e às vezes, desesperadora.

Desesperadora porque faz calor. MUITO calor! A temperatura de hoje em Dhaka é 34°C e 56% de umidade relativa do ar. O mapa abaixo indica as temperaturas no mundo! Procure Dhaka, procure Curitiba...


Além de que entre junho e setembro é o período de chuvas. E vai chover muito, a média é de 14 dias de chuvas durante cada um desses meses. A umidade do ar aumenta, e o desconforto causado pelo calor e a umidade é maior.

HEY! Como é o clima de onde você está agora? How is the weather in the city that you are now?
[Rafa compartilhando o seu calor/desconforto/suor/dor de cabeça para interagir com seus leitores pelo mundo! Rafa sharing her heat/discomfort/sweat/headache to interact with her readers around the world.]

domingo, 16 de maio de 2010

Estereotipando os estereótipos.

Nunca gostei de pessoas me falando o que e como fazer. Gosto da independência. Dos conselhos que recebo, são poucos os que realmente escuto.

Para aconselhar, prefiro perguntar. Cada um deve decidir por si próprio. Seus atos, definem acertos e erros. Exclusivamente seus.

Nunca gostei de estereótipos. Estereótipos são imagens que se espalham pelo imaginário humano. A imaginação é mais poderosa que os fatos. A Colombia produz a maconha que o Holandes usa. Alemães são frios e os Italianos são amantes. Japoneses são timidos e Americanos são “Americanos”. AH, o Brasil: o Brasileiro só pensa em festa e swing! Estereótipos são uma forma de preconceito.

Nunca quis me qualificar em determinado grupo, sempre tive amigos de todos os tipos. Não gosto de qualificar pessoas, tento não julgar, porque cada pessoa é diferente. Acredito que uma pessoa tem várias camadas. Quanto mais a gente conhece, mais camadas essas pessoa vai ter. Se o ambiente muda, a pessoa pode mudar tambem. Deve ser uma reacao à adaptacao, talvez. Em 4 meses, passararam por mim pessoas vindo para Bangladesh e pessoas indo de Bangladesh. Vir para cá nao é fácil, um país muçulmano, um idioma que ninguém entende, um trânsito caótico, muita sujeira e pobreza. E tudo isso assim, na sua cara! E quando chega a hora de ir embora? É o choque cultural reverso! Retornar ao país de origem, onde tudo parece estranho, para então mais um período de........... readaptação!

Gastei muito tempo tentendo entender as pessoas e infinitos porques, para depois descobrir o quanto difíci ( e suficiente) é entender a si próprio. E que em algumas situações, a reação das pessoas, é nada mais que o próprio reflexo. E em outras situações é porque existem coisas que a gente precisa aceitar. Sem etender. É porque apenas é. Sem julgamento. Porque as pessoas são diferentes.

Sou diferente aqui do que sou em Curitiba. Aqui sou mais simples. Tento me livrar de preconceitos e estereótipos. Mas (confusamente), mesmo sendo simples, continuo a mesma. Antes de viajar, escutei algumas vezes que “um intercâmbio muda as pessoas”. Eu sinto que não mudei, eu continuo a mesma numa versão simplificada. Agora tenho mais certeza daquilo que acreditava, dos meus valores e da minhas preferências.
(Seria isso mudar?)

Eu gosto ou não gosto. Minha primeira impressão dificilmente muda. Acredito que toda pessoa tem um lado bom. Ninguém é totalmente bom ou mal. Nenhum lugar é totalmente bom ou ruim. Em cada situação acredito que pode se aprender algo, mesmo que eu leve anos pra entender ...

Porém, nunca gostei de dar tempo ao tempo. Essa é minha falha. Sou impaciente. E Bangladesh é a “Escola da Paciência”. Apenas existe um lugar que bengalis não tem paciência, e é o trânsito. Para TODO o resto, as coisas aqui caminham devagar.

E veja só eu, que fiz um discurso inflamando sobre estereótipos, me pego estereotipando a esse país e a mim mesma!

AFFE! Dia oscioso na agência e esse deve ser o post mais aleatório até então!

terça-feira, 4 de maio de 2010

dias da semana

O dia sagrado para os muculmanos é sexta-feira, assim como o domingo é para os catolicos, então, sobre os dias da semana em Bangladesh, é muito simples (Ana Carolina Ricther), apenas é preciso lembrar que:

A quinta-feira é a nova sexta-feira,
Na sexta-feira é fim de semana!
O sábado continua sendo sábado.
E no domingo já é segunda-feira.

El jueves es la nueva viernes.
En viernes es fin de semana,
El sabado sigue sendo sabado,
Y en el domingo ya es lunes!

Thursday is the new Friday,
At Friday is weekend,
Saturday remains Saturday,
And at Sunday is already Monday!

terça-feira, 27 de abril de 2010

26 anos em 26 abril.



O meu aniversário em 2010 foi comemorado em um restaurante mexicano em Bangladesh, com um jantar entre meus amigos da Colombia (Jorge e Mafer), Itália (Alex), Alemanha (Philipp), USA (Melissa), Servia (Diana), Venezuela (Jorge) e claro, Bangladesh (Saad, Raju, Sabih, Mehedi e Russel).

Apesar da saudades do Brasil e da vontade de dizer: “Mãe, vem me buscar!” meu dia-noite-aniversário foi muito divertido!

Obrigada pessoal daqui pela festa!
Obrigada pessoal do Brasil pelos recadinhos, emails e telefonemas!
Foi, podem ter certeza, memorável! :)

domingo, 11 de abril de 2010

em bengali.


E a minha fluencia bengali melhora a cada dia. NOT!
Teclado em Bengali.
Seda em Bengali.
"Proibido estacionar" (talvez?) em bengali.
E o que nao se pode fazer, em bengali.
(e em ingles, para esses estrangeiros doidos.)

terça-feira, 6 de abril de 2010

15 passos em Dhaka

A COMIDA.
1. Nos restaurantes, a comida nunca vem “toda-junta”. Exemplo, se vamos em 3 pessoas, eles trazem o que esta pronto, e as vezes, quando uma pessoa termina de comer, o pedido da outra nem chegou. Além de comerem muito rapido, o garçom traz a conta logo apos trazer a comida. Sempre sinto que eles estão me expusando do lugar!
2. A comida é apimentada. E quando peço por comida não apimentada, é a mesma coisa que apimentada. O que acontece, é que sem pimenta pra eles não é comida. Bangladesh não tem saladas frescas, a alimentação é baseada em arroz. Muito arroz e pimenta!
3. Quando sai do Brasil, disse a mim mesma que nunca comeria com as mãos. Ainda uso garfo e faça, mas as vezes são tão desnecesarios…

AH, O AMOR.

4. Não se ve casais (homem e mulher) de mãos-dadas nas ruas. O que se ve são homens de mãos dadas, fazendo “carinho” uns nos outros e muitas vezes com os braços envolta da cintura ou do pescoço, um chamego…
5. Ainda existem casamentos arranjados e entre primos é permitido casar, mas não entre irmãos. Mas também existem os casamentos por amor!

A RELIGIÃO.

6. A religiao muçulmana ainda é pra mim, muito dificil de aceitar/conviver. Lembro da minha primeira impressão nas ruas, é de que não havia mulheres caminhando! A mulher aqui tem uma função diferente na instituição da família. O time criativo da agencia que trabalho é de 22 pessoas. E eu sou a unica mulher. Homens e mulheres não dividem o mesmo espaço dentro das mesquitas, e aqui em Dhaka, não é toda mesquita que possui uma sala para mulheres. As vezes, a religiao islã me parece uma religião para homens e confesso que isso me incomoda. Além disso, mulheres estrangeiras, as vezes, não tem o mesmo “respeito” que mulheres daqui. Quando conversei com meus amigos Bengalis sobre o assunto, o que eles me dizem, é que as pessoas tem uma visão digamos, equivocada das mulheres ocidentais, porque os filmes mostram o ocidente como um lugar facil de se ter sexo. (basicamente!) Quando ando nas ruas, as vezes, sinto “olhares” para cima de mim, e como meu bengla não é muito fluente, eu não entendo o que os homens falam. Melhor não entender. Melhor ainda colocar os oculos escuros e seguir em frente.

O CLIMA.

7. A temperature media por aqui agora, é 38 graus. E isso é apenas a primavera… Aqui existem 6 estações no ano. Uma delas é “monções”, que é quando comeca a chover. Quando comecar a chover, talvez, precise de um barco pra voltar para casa, porque as ruas alagam mesmo.

A CIDADE.

8. A pobreza é MUITA. E isso eu ainda não consigo me acostumar. “Pele Branca” aqui, significa que voce é um estrangeiro-rico. Os pedintes me seguem. E podem seguir-lo por mais de 15 minutos. Ontem, num rickshaw, uma criança, de uns 2 anos, correu descalça, ao lado do meu rickshaw por uma distancia grande. Eu não sei quanto em metros, mas garanto que foi uma boa pernada. E para que? Para conseguir atenção e ganhar 5 takas. Outro dia, saindo de uma restaurant, mais ou menos 10 crianças vieram até mim, e seguraram minhas mãos! Gritando “madan, money!” “madan, money!” “madan, money!” meu amigo deu 20 takas e assim elas soltaram minhas mãos.
9. Nunca vi tantas pessoas com lepra nas ruas como aqui.
10. A cidade é suja.
11. Sempre pago mais por rickshaw ou CNG. E se estou com meus amigos Bengalis, os rickshaws pedem mais porque estou ali.
12. Bangladesh não produz energia necessaria para alimentar a cidade. Temos cortes de energia diários, 3 ou 4 vezes por dia. É como um racionamento mesmo, dura entre 1 ou 2 horas. O de ontem, durou 2 horas e eu cozinhei no escuro! Aliás, posso tomar banho, cozinhar e me maquiar sob a luz de velas! E estou ficando boa nisso!

AS PESSOAS.

13. Tenho bons amigos.
Na agencia, o Sabih, ex-AIESECo, é quem sempre me ajuda em tudo que preciso. E a Ayesha, que estudou na Malásia, viajou muito, fala muito bem ingles, é muçulmana e usa veu para cobrir a cabeça. (Ela não usa burca, porque seu rosto sempre esta visivel.)
Shezad, meu chefe. Dificil dizer se ele é meu amigo ou não… mas sei que ele gosta de mim! Ele é muito professional e gusto da maneira que ele lidera os criativos da agencia. Além de que, ele é sempre super acessivel. Se preciso de algo, posso ir a sala dele que ele sempre me dará uma resposta! E além disso, ele sempre se mostra preocupado comigo e com o meu visto!
Na trainee-house. Adoro minhas flatmates! Somos 4 meninas agora. Diana da Servia, (mas que mora na Holanda ha 10 anos), Melissa, dos USA e a Rikae do Japão. Adoro, adoro mesmo elas. Cada uma com suas peculiaridades. Mas acredito que até mesmo eu estou mais flexivel… Eu que sempre tive irmão mais novo em casa, agora tenho uma ideia de como seria ter 3 irmas e dividir tudo! Além do Jorge, o trainee colombiano que não mora com a gente, mas esta sempre lá em casa! Adoro, adoro também! E a Mafer, ex-trainee da AIESEC, que esta aqui a 4 anos já… Qualquer coisa, mas qualquer coisa mesmo que eu precise, e só ligar para ela… Ela foi trainee e sabe como as vezes, as coisas são dificies ou faceis de compartilhar.
Martha, da Colombia e a Judith da Alemanha, minhas flatmates que já não estão mais Dhaka, porque o intercâmbio delas acabou. A Judith é mais que especial. Dividiu quarto e coração comigo! E a Martha, que sempre me entendeu o quão dificil, as vezes, é ser latino em Bangladesh. Com certeza, elas fizeram esses meus 3 meses por aqui, especiais.
No Grupo Latino. Sei que são boas pessoas, e estão sempre dispostas a ajudar os trainees!
Saad, Raju, Adeel e Sana, que são meus amigos Bengali. Mesmo o Adeel sendo do Paquistão. Eles sempre se preocupam com a pimenta da minha comida! :)

O TRABALHO.
14. Eu gusto MUITO do meu estágio! A Ogilvy & Mather é uma agencia internacional, fundada em 1948 que opera em 497 escritorios em 125 paises, e são +/- 16.000 empregados. No Brasil, são 4 escritorios: Rio, São Paulo, Porto Alegre e Brasilia. Eu gosto das pessoas e do ambiente de trabalho. Sou trainee, mas faço o que qualquer designer faz… participo de brainstorming (mais em bangla que en ingles!), tenho meus projetos e todo projeto tem um pouco de desafio! Estou adorando o ambiente criativo da propaganda! Claro, trabalho muito. Sou a trainee que sai antes de casa e a ultima a voltar. Mas sou a trainee com o maior salário! ;)



A VIDA.

15. Depois de pouco mais de 3 meses e um comeco de intercâmbio “conturbado”, eu ainda sinto saudades do Brasil, mas estranhamente, eu gosto de Bangladesh.

ps: mãe, feliz aniversário! AMO VOCE! :)

sexta-feira, 26 de março de 2010

Grupo Latino em Bangladesh.

Aqui em Dhaka, através dos meus amigos colombianos conheci muitos estrangeiros latinos. A comunidade latina em Dhaka é grande, sao mais ou menos 300 latinos, e 20 brasileiros! Quando sai do Brasil, de Curitiba, sai brasileira e curitibana... Mas hoje agora em Dhaka, me sinto "latina". A cultura da América Latina, nossos hábitos e modo de viver (e de se divertir) fazem com que realmente tenha orgulho dessa parte de la do mundo.

Ser brasileira, as vezes também rende bons comentários: além do fato (obvio!) de que brasileiras vestem biquínis o tempo todo, bebem caipirinhas e sambam, eu mesma, não tenho "cara de brasileira" (e quem é que tem?), e no primeiro encontro do Grupo Latino que fui, as pessoas achavam que eu era americana. Em outra conversa numa festa, quando me apresentei e disse que era do Brasil, o comentário em seguida, foi que eu era a brasileira que vestia mais roupa, (biquínis, lembram?) que eles já tinham visto. O "país do futebol", Kaka, Ronaldo, Pelé são nomes que eu escuto com frequência... Com a Copa do Mundo de Futebol chegando, Bangladesh se dividira em 45% Brasil, 45% Argentina (argh!) e 10% o resto do mundo. Muitos torcem pro Brasil, mas muitos também para a Argentina (argh!) por causa do Maradona (argh!).

Fim de semana passado, o Grupo Latino em Bangladesh realizou o "Sabor Latino V", uma festa com apresentaçoes de musica latina, musica latina e comida local. Nem tudo poderia ser perfeito. A Tatiana, uma bahiana que mora no Vietna, e que morou em Bangladesh nos ultimos 3 anos, veio para Dhaka para a festa e se apresentou num dos shows. A festa foi divertida, e dançar "Macarena!" entao, aff, nem se fala!:)




AH, claro... o design do poster é meu! ;)


Mudando de assunto. O Thiago, trainee da AIESEC Curitiba na Costa Rica, escreveu um post bem legal, comentando as diferencas culturais quando o assunto é cerveja! A ideia surgiu depois de uma troca de emails onde os trainees comentavam, como é "ritual de beber cerveja" nos paises que cada um esta! Gostei do post, vale a pena ler! :)

http://biscoitossortidos.com/2010/03/24/papo-de-bebado-cerveja-e-cerveja-em-qualquer-lugar/

segunda-feira, 8 de março de 2010

Dhaka informa:

Primeiro, as boas notícias:
Quando a AIESC diz: “It is up to u!”, é  verdade! Faz mais de 2 meses que estou morando em Bangladesh e depois de um inicio dificil, as coisas comecam a trilhar o caminho que devem ser.  A BBDO, a agência  que inicialmente vim para realizar meu intercâmbio, não correspondeu as minhas expectativas. A BBDO no Brasil é uma das melhores, senão a mais importante agência  de propaganda do país, aqui em Dhaka, a franquia é apenas uma empresa local, que durante o meu primeiro mês,  se mostrou uma empresa sem processos definidos, pouca demanda, com falta de infra-estrutura para receber um trainee.  Então, resolvi desistir do meu intercâmbio e fazer alguma coisa para minha AIESEC EXPERIENCE valer a pena!

Consegui dois contatos em duas agências importantes daqui. A GREY e a OGILVY. Mandei 2 emails, e a Ogilvy me respondeu! Marquei uma entrevista com a socia-diretora da Ogilvy, e depois de eu explicar o porque uma brasileira está em Bangladesh, ela me disse que conhecia a AIESEC porque um dos seus atuais empregados é um ex-AIESECer! Bendito seja o networking, existem AIESECos no mundo todo! Ela me disse que gostou do meu portfolio e que respondeu meu email porque não é comum receber um email com o assunto:
“Brazilian Designer”.  Então, a Fahima, disse que se eu não pudesse trabalhar na Ogilvy, ela consegueria outro estágio pra mim...

Saí da ag
ência com MUITAS expectativas e uma vibracão boa! Esperava o melhor! E o melhor veio na hora seguinte: o alumni da AIESEC me ligou dizendo que eu poderia trabalhar lá e que poderia ser pela AIESEC o novo intercâmbio! Perfeito! O Sabih, que foi presidente da AIESEC aqui em Dhaka há 3 anos atrás, me contou que há alguns meses, eles haviam conversado sobre a possibilidade de abrir um intercâmbio pela AIESEC e eis que eu “apareci” na agência!
Depois de resolver meu visto e estender a validade por mais 1 mês e comecar o processo para mudar o visto de turista para de estudante/pesquisador, comecei na Ogilvy semana passada! E essa é a AIESEC Experience que eu esperava!

A agência tem uma infra-estrutura muito boa e o segundo andar é uma sala apenas para o time criativo! São 3 times: um time trabalha em parceria com a Ogilvy Singapura, outro trabalha apenas com a BHT -
British American Tobacco  - e outro time é responsavel pelas contas das empresas locais. Eu faço parte desse último time e estou adorando! Meu novo chefe me parece aqueles criativos doidos, que só de olhar dá pra saber que ele está pensando em alguma coisa diferente! Ele começu a carreira na California, USA, e agora está em Bangladesh. A Ogilvy aqui tem processos definidos, vários Macintosh para os designers e uma “salinha do descanso” com biblioteca. Além de uma máquina de café! Que não tem o mesmo gosto do café brasileiro... mas é café e tá valendo! Esse intercâmbio é para os proximos 6 meses com possível prorrogação de mais 6 meses, mas ainda é cedo para dizer o que irá acontecer... por enquanto, estou aproveitando MUITO essa oportunidade!

Depois, a notícia ruim:
Fui assaltada. (Sim Jo, você me disse para ter cuidado!) Estava voltando de rickshaw com a Martha, trainee da Colombia, depois de ter encontrado a Yudith (trainee da Alemanha) e a Sana e o Saad (amigos Bengali) para jantar. Mais ou menos 10 metros de um posto policial, um carro chegou muito próximo do rickshaw, um homem projetando o corpo pra fora pela janela agarrou minha bolsa sem muitas dificuldades. Foi MUITO rápido! Dentro da bolsa, minha carteira com um pouco de dinheiro, meu celular, meus óculos de lentes e escuro e minha agenda do pequeno príncipe.

E o que mais me dói, é que eu carrego TUDO na minha agenda, e era meu diário nesses últimos 2 meses... além de carregar comigo a carta que minha m
ãe me escreveu "Meu pensamento e meu coração, estão com você sempre!". Estou bem, nada me aconteceu e meu passaporte e outros documentos estão em casa. Na carteira, além do dinheiro, apenas a cópia da minha identidade, nenhum documento importante. O que me entristece mais, é perder aquilo que tem menos valor material... 

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

O primeiro rickshaw a gente nunca esquece...


O transito em Bangladesh é caótico, como na Índia. Talvez a diferença entre aqui e a Índia, é que aqui as ruas são mais estreitas que no país vizinho. Mas os congestionamentos são constantes. E quando eu digo constante, eu quero dizer toda hora! Dhaka vive num congestionamento que nunca vai acabar... Bangladesh como Índia dirigem em mão inglesa, o que faz com que eu sempre olhe para os ambos lados antes de atravessar a rua, porque eu sinto que nunca sei em que lado da rua estou! Além disso, aqui, menos que em Delhi, as pessoas buzinam, buzinam e buzinam. No Brasil, a gente da aquela "buzinadinha" quando quer chamar alguém, no inicio eu achava que toda Dhaka queria me avisar algo! Hoje, acho que nem me movo se alguém buzina...

Um dia comum no transito em Dhaka!

Se no Brasil existem os carros populares 1.0, (saudades do meu corsinha!) aqui essa linha não é comum. A maioria das pessoas que podem ter um carro, tem carros de luxo e com motorista e quem não tem ou é trainee usa os rickshaw e os CNGs para se locomover pela cidade!

Essa é a maneira mais fácil e barata de se locomover por aqui: moro em Baridhara DOHS e para ir até Gulshan 2 Circle, demora +/- 15 minutos, sem congestionamento de rickshaws, que também acontecem, e custa 20 takas. Óbvio, que o "motorista" sempre pede mais, mas como os trainees sabem o preço "real", as vezes é preciso ser mal-educada, deixar o dinheiro no banco e sair andando, porque sempre SEMPRE eles pedem mais takas: "Madam, madam, NOOOOOO! More!"

O primeiro rickshaw a gente nunca esquece... mas agora, eu já perdi as contas!

Quando preciso de CNG, que sai contornando todos os carros e rickshaws, que sempre acho a maior aventura e que com certeza é o mais barulhento, (é como andar com o buggy do meu primo!) para ir até Gulshan 1 custa 80 takas. Normalmente, os motoristas pedem 100 ou 120 takas, ai é preciso barganhar até os 80, mas já teve uma vez, que um motorista pediu 3.000 takas. "THREE THOUSAND!" ele disse, mas ainda acho que ele confundiu "thousand" e "hundred"...

Aqui em Bangladesh são os CNGs, na Índia eu escutava mais pelo nome de Auto-Rickshaws!

O que as vezes é bem difícil porque os motoristas não falam inglês, e também as vezes não sabemos aonde fica exatamente o lugar que queremos ir. Agora junta alguém que não sabe onde esta com alguém que não entende para onde eu quero ir! Agora eu tenho uma ideia, (vaga, bem vaga) dos lugares em Dhaka e quando preciso ir para Banani, Gulshan 1 e 2, que sao os bairros próximos, eu sei como... mas ainda é bem pouco se for comparar com o tamanho que é Dhaka! O que eu sei falar em bangla, a língua local, é basicamente o que eu preciso dizer para o rickshaw:
dãne = vire a direita.
pãme = vire a esquerda.
êkane = aqui!
xôja = em frente.

Confesso que há 2 dias o pessoal do escritório tenta me ensinar "tudo bem?", "tudo bem!" e "tudo mal!", mas é impossível eu lembrar disso agora! Mas com o meu vocabulário-guie-seu-rickshaw por enquanto estou me virando... quem sabe daqui 6 meses, eu entenda o que acontece durante as sessões de brainstorming na agência!