quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

O primeiro rickshaw a gente nunca esquece...


O transito em Bangladesh é caótico, como na Índia. Talvez a diferença entre aqui e a Índia, é que aqui as ruas são mais estreitas que no país vizinho. Mas os congestionamentos são constantes. E quando eu digo constante, eu quero dizer toda hora! Dhaka vive num congestionamento que nunca vai acabar... Bangladesh como Índia dirigem em mão inglesa, o que faz com que eu sempre olhe para os ambos lados antes de atravessar a rua, porque eu sinto que nunca sei em que lado da rua estou! Além disso, aqui, menos que em Delhi, as pessoas buzinam, buzinam e buzinam. No Brasil, a gente da aquela "buzinadinha" quando quer chamar alguém, no inicio eu achava que toda Dhaka queria me avisar algo! Hoje, acho que nem me movo se alguém buzina...

Um dia comum no transito em Dhaka!

Se no Brasil existem os carros populares 1.0, (saudades do meu corsinha!) aqui essa linha não é comum. A maioria das pessoas que podem ter um carro, tem carros de luxo e com motorista e quem não tem ou é trainee usa os rickshaw e os CNGs para se locomover pela cidade!

Essa é a maneira mais fácil e barata de se locomover por aqui: moro em Baridhara DOHS e para ir até Gulshan 2 Circle, demora +/- 15 minutos, sem congestionamento de rickshaws, que também acontecem, e custa 20 takas. Óbvio, que o "motorista" sempre pede mais, mas como os trainees sabem o preço "real", as vezes é preciso ser mal-educada, deixar o dinheiro no banco e sair andando, porque sempre SEMPRE eles pedem mais takas: "Madam, madam, NOOOOOO! More!"

O primeiro rickshaw a gente nunca esquece... mas agora, eu já perdi as contas!

Quando preciso de CNG, que sai contornando todos os carros e rickshaws, que sempre acho a maior aventura e que com certeza é o mais barulhento, (é como andar com o buggy do meu primo!) para ir até Gulshan 1 custa 80 takas. Normalmente, os motoristas pedem 100 ou 120 takas, ai é preciso barganhar até os 80, mas já teve uma vez, que um motorista pediu 3.000 takas. "THREE THOUSAND!" ele disse, mas ainda acho que ele confundiu "thousand" e "hundred"...

Aqui em Bangladesh são os CNGs, na Índia eu escutava mais pelo nome de Auto-Rickshaws!

O que as vezes é bem difícil porque os motoristas não falam inglês, e também as vezes não sabemos aonde fica exatamente o lugar que queremos ir. Agora junta alguém que não sabe onde esta com alguém que não entende para onde eu quero ir! Agora eu tenho uma ideia, (vaga, bem vaga) dos lugares em Dhaka e quando preciso ir para Banani, Gulshan 1 e 2, que sao os bairros próximos, eu sei como... mas ainda é bem pouco se for comparar com o tamanho que é Dhaka! O que eu sei falar em bangla, a língua local, é basicamente o que eu preciso dizer para o rickshaw:
dãne = vire a direita.
pãme = vire a esquerda.
êkane = aqui!
xôja = em frente.

Confesso que há 2 dias o pessoal do escritório tenta me ensinar "tudo bem?", "tudo bem!" e "tudo mal!", mas é impossível eu lembrar disso agora! Mas com o meu vocabulário-guie-seu-rickshaw por enquanto estou me virando... quem sabe daqui 6 meses, eu entenda o que acontece durante as sessões de brainstorming na agência!

domingo, 21 de fevereiro de 2010

+ fotos!

Fotos de outra festa de casamento:
http://picasaweb.google.com/rafaelagro/GayeHolud2?authkey=Gv1sRgCMjn2-eM6ZW9jAE#


Na entrada da festa...

Essa foto em especial, eu acho o maximo! Na foto estamos no palco, onde ficaram os noivos recebendo os cumprimentos dos convidados, da esquerda para a direita: Bastian, Shafi, eu, Rene e o Jorge, e as tres figuras em pe, eram como os "recepcionistas" da festa!

A sobremesa...

Olha com atenção, a gente tá no telão! :)

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Notícia do Dia!

Quando eu digo que sou celebridade em Dhaka... 
http://www.thedailystar.net/newDesign/news-details.php?nid=126171

A woman walks past an Archies Gallery outlet, decorated with Valentine's Day theme, in Dhaka yesterday. Sales in city gift shops perked up on the eve of the day.
Photo: Shafiqul Alam

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Gaye Hould: o casamentos dos outros!

Depois de tantas perguntas sobre o meu casamento, agora eu vou falar do casamento dos outros, que fui aqui em Bangladesh. Nessa epoca do ano, o tempo frio em Dhaka, +/- 17. 15 graus pela noite, faz com que Janeiro seja o mes dos casamentos por aqui. Ou seja, as mulheres podem usar sarees sem derreter de calor.


Se tem luzinhas fora da casa, eh porque eh casamento, nao porque eh Natal.

Ha algumas semanas atras, fui numa cerimonia de pre-casamento, porque o casamento no isla nao eh celebrado apenas em uma parte! Parece polaco que faz festa 3 dias! :)

Fui um Gaye Holud que noivo e noiva participaram, e seria como a terceira cerimonia, pois noivo e noiva comemoram Gaye Hould separadamente antes. Para apenas depois, ter outra festa e enfim casar.

A cerimonia de “Gaye Holud”,significa algo como a cerimonia amarela. Os noivos ficam em um palco, e os convidados oferecem diversos doces aos noivos. Os convidados vao ateh o palco e dao um pouco desses doces na boca dos noivos. Alem disso, os convidados passam uma pasta de alcafrao amarela no rosto dos noivos. O que me explicaram, eh que essa pasta amarela, eh para que a pele dos noivos fique bonita e todos os convidados fazem isso, porque todos querem que os noivos fiquem bonitos e com a pele bonita! E isso, dura horas e horas… os noivos devem cansar de comer doces, mesmo que seja poquinho, e eu fiquei com pena da noiva, porque a maquiagem dela era linda e a pasta de alcafrao soh sujava o rosto dela.



Eu participei dessa tradicao, e fui lah no palco, e sujei o rosto da noiva, o que me deu MUITA doh, porque ela estava linda, e tentei pegar o minimo de doce posivel, porque fazia umas 3 horas que ela estava comendo, e imaginei que ela nao aguentava mais doce nenhum.

Sei tambem, que depois dessa festa, o noivo, passa a primeira noite na casa da noiva, no quarto do irmao! Uma madrugada masculina com o cunhadao!

Depois dessa noite, eh que acontece a festa de casamento. Mas muculmanos nao vao a mesquita para casar, todas as festas que fui, acontecem em saloes de festa. A festa de casamento eh mais uma festa, que eles apenas dizem “sim”, que aceitam o casamento. Ou foi isso que eu entendi.

O salao da festa eh dividido em 2 partes. Numa parte, esta o palco dos noivos, anode as pessoas se sentam para participar, e algumas cadeiras, como um auditorio, para outras pessoas sentarem e assistirem. A outra parte do salao, sao aonde estao as mesas. E agora, minha tia Nane vai ter um treco com essa proxima descricao. Mas aqui eh assim: voce senta, come, levanta. Nada de ficar na mesa enrolando, nao existe a sua mesa na festa… Depois que voce jantou, vem outras pessoas, sentam, comem, levantam…

Nada de lembrancinhas! Tentei levar o vasinho da mesa para casa, mas o garcom nao deixou! Entao, tirei as flores, e fui para casa apenas com os lirios brancos!

Preciso mencionar que nao tem bebida? Agua, refrigerante e “lassie”, que eh uma bebida a base de yogurte, tem a versao doce e a versao salgada-apimentada. A versao doce eu gosto!

A Gaye Holud eh a festa mais animada, eh a festa que as pessoas dancam e se divertem… A festa de casamento eh mais um jantar, que os noivos ficam no palco e as pessoas cumprimentam o casal.

Informacao AIESECa a seguir: eh tao animada, que numa das festas com muitos AIESECos dancei Tunak-Tunak, o mais conhecido roll-call da AIESEC! Alemanha, Canada, Colombia, Brazil e Bengalis dancando Tunak-Tunak num casamento muculmano em Dhaka… precisava ver soh o sucesso que fizemos, cada passo era um flash MESMO! :)

Para ver todas as fotos, esse eh o link: http://picasaweb.google.com/rafaelagro/GayeHolud02?authkey=Gv1sRgCNuO4u7AvpuBwwE#