domingo, 16 de maio de 2010

Estereotipando os estereótipos.

Nunca gostei de pessoas me falando o que e como fazer. Gosto da independência. Dos conselhos que recebo, são poucos os que realmente escuto.

Para aconselhar, prefiro perguntar. Cada um deve decidir por si próprio. Seus atos, definem acertos e erros. Exclusivamente seus.

Nunca gostei de estereótipos. Estereótipos são imagens que se espalham pelo imaginário humano. A imaginação é mais poderosa que os fatos. A Colombia produz a maconha que o Holandes usa. Alemães são frios e os Italianos são amantes. Japoneses são timidos e Americanos são “Americanos”. AH, o Brasil: o Brasileiro só pensa em festa e swing! Estereótipos são uma forma de preconceito.

Nunca quis me qualificar em determinado grupo, sempre tive amigos de todos os tipos. Não gosto de qualificar pessoas, tento não julgar, porque cada pessoa é diferente. Acredito que uma pessoa tem várias camadas. Quanto mais a gente conhece, mais camadas essas pessoa vai ter. Se o ambiente muda, a pessoa pode mudar tambem. Deve ser uma reacao à adaptacao, talvez. Em 4 meses, passararam por mim pessoas vindo para Bangladesh e pessoas indo de Bangladesh. Vir para cá nao é fácil, um país muçulmano, um idioma que ninguém entende, um trânsito caótico, muita sujeira e pobreza. E tudo isso assim, na sua cara! E quando chega a hora de ir embora? É o choque cultural reverso! Retornar ao país de origem, onde tudo parece estranho, para então mais um período de........... readaptação!

Gastei muito tempo tentendo entender as pessoas e infinitos porques, para depois descobrir o quanto difíci ( e suficiente) é entender a si próprio. E que em algumas situações, a reação das pessoas, é nada mais que o próprio reflexo. E em outras situações é porque existem coisas que a gente precisa aceitar. Sem etender. É porque apenas é. Sem julgamento. Porque as pessoas são diferentes.

Sou diferente aqui do que sou em Curitiba. Aqui sou mais simples. Tento me livrar de preconceitos e estereótipos. Mas (confusamente), mesmo sendo simples, continuo a mesma. Antes de viajar, escutei algumas vezes que “um intercâmbio muda as pessoas”. Eu sinto que não mudei, eu continuo a mesma numa versão simplificada. Agora tenho mais certeza daquilo que acreditava, dos meus valores e da minhas preferências.
(Seria isso mudar?)

Eu gosto ou não gosto. Minha primeira impressão dificilmente muda. Acredito que toda pessoa tem um lado bom. Ninguém é totalmente bom ou mal. Nenhum lugar é totalmente bom ou ruim. Em cada situação acredito que pode se aprender algo, mesmo que eu leve anos pra entender ...

Porém, nunca gostei de dar tempo ao tempo. Essa é minha falha. Sou impaciente. E Bangladesh é a “Escola da Paciência”. Apenas existe um lugar que bengalis não tem paciência, e é o trânsito. Para TODO o resto, as coisas aqui caminham devagar.

E veja só eu, que fiz um discurso inflamando sobre estereótipos, me pego estereotipando a esse país e a mim mesma!

AFFE! Dia oscioso na agência e esse deve ser o post mais aleatório até então!

5 comentários:

  1. Rafas...a nossa essência sempre sera a mesma,tanto em Ctba ou no Japão!! :)
    Te admiro guriaaaaaa!!
    Beijo grande!!

    ResponderExcluir
  2. POr um momento me perguntei se a maconha que vai pra Holanda não fez um pit stop ai em Bangla... huHAuHauHAuhUA... brincadeira...

    Pirei no seu post... só pirando pra entender a fundo todas as suas camadas (do photoshop)... ;)

    ResponderExcluir
  3. sai TOTAL na casinha Fábio! prontoconfessey.
    Bangladesh deixa a gente doida...

    ResponderExcluir
  4. gnt, só 4 meses, né? pq parece bem mais?
    estereótipos são formas de preconceito sem dúvida. são enormes generalizações, mas querendo ou não, a gnt cai neles em algum momento...

    ResponderExcluir
  5. porque é um pouco mais que 4 meses, Rafa... no dia do post fazia quase 5 meses. to perdida no bangla-time!

    ResponderExcluir